Adm. Financeira
Como o próprio nome dá a entender, o capital de giro fica girando dentro da empresa e, a cada vez que sofre transformação em seu estado patrimonial, produz reflexo na contabilidade. Até se transformar finalmente (novamente) em dinheiro, o valor inicial do capital de giro vai sofrendo acréscimo a cada transformação, de modo que, quando o capital retornar ao “estado de dinheiro”, ao completar o ciclo operacional, devera estar maior do que o valor inicial (HOJI, 2010, p. 107).
O capital circulante fica girando dentro do ciclo operacional da empresa, seu papel é fundamental para a manutenção e continuidade da entidade, sem uma gestão adequada os administradores podem ocasionar muitos custos a empresa.
Para aprofundarmos o entendimento do capital de giro faz se necessário conhecer os ciclos do balanço patrimonial, a análise dinâmica do capital de giro proposta por Fleuriet e suas variáveis chaves, bem como as classificações da estrutura financeira da empresa, tópicos que veremos a seguir.
1. ANÁLISE DO CAPITAL DE GIRO SEGUNDO O MODELO FLEURIET
O modelo dinâmico da análise do capital de giro, também conhecido como modelo Fleuriet, foi introduzido no Brasil nos anos 70, pelo professor francês Michel Fleuriet, em conjunto com a Fundação Dom Cabral. Esse modelo consiste em uma reorganização nas contas do balanço patrimonial tomando como critério que algumas contas se renovam em função das operações da empresa. (MESQUITA, 2008).
Fleuriet reorganizou o balanço patrimonial de forma a considerar o dinamismo envolvido nas operações das empresas, sendo que, algumas contas do ativo e do passivo se renovam constantemente à medida que são desenvolvidas as atividades da empresa (MARQUES, SANTOS e BEUREN 2012).
Para Andrade (2012), esse modelo utiliza um