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Custo e estrutura de capital: O comportamento das empresas brasileiras
Dentro da Administração Financeira um dos campos que gera mais controvérsia é o estudo de custo e estrutura de capital.
Ate pouco tempo a discussão sobre esse tópico era teórica tendo de um lado apóstolos da teoria de MM (Modigliani e Miller) que advoga a irrelevância da decisão sobre estrutura de capital dentro de um mercado perfeito e, do outro lado, os que pregam a existência de imperfeições de mercado de tal ordem que inviabilizariam a aplicação pratica da teoria MM.
Dois tipos de modelos básicos tentam descrever o comportamento das empresas frente ao problema da estrutura de capital. O primeiro grupo é o dos chamados Modelos de relação estática, que afirma que a empresa tem uma meta de nível de endividamento que maximiza seu valor ao minimizar os custos das imperfeições de mercado. O segundo grupo, se baseia na Teoria da Assimetria de Informações, e afirma que as empresas estão subavaliadas pelo mercado posto que os seus administradores tem informações que o mercado não possui sobre novos projetos e possíveis ganhos.
Nunca foi feito um estudo sistemático sobre o assunto com empresas instaladas no Brasil. Essa ausência de informações sobre o comportamento das empresas leva um distanciamento muito grande entre teoria e pratica, quer no âmbito do ensino quer no âmbito de assessoria.
Por falta de pesquisas no Brasil, não se sabe qual é a taxa de custo de capital utilizada pelas empresas nem a metodologia empregada para sua obtenção.
Com base na tabela mostrada na pesquisa a participação das empresas estatais e mistas no volume total de respostas foi insignificante, apenas 2,5% contra 97,5% de empresas privadas
Deve se destacar também outro fato importante na tabela, quando se diz a respeito a escolaridade dos diretores das empresas. Apenas 4,9% dos respondentes indicaram níveis inferiores ao 3° Grau completo. A quase totalidade 95,1% indica 3° grau completo