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A sociedade urbana atual, em função da sua configuração político-econômica e da cultura que se estabelece em torno das estruturas dessa configuração, tem duas atividades como o centro da organização social. Essas atividades perpassam a vida material e simbólica das pessoas: o trabalho e o consumo. Isso significa que a realidade das condições materiais e até mesmo de algumas condições ideais e valorativas da vida humana nas cidades nos impõe um determinado modelo de trabalho e um certo padrão de consumo, intimamente relacionados e assentados num modelo de sociedade que em geral assumimos em nosso meio, uns com convicção, outros por apatia. Assim, cada vez mais nossa sociedade se empenha como quem navega a favor da correnteza, na formação das pessoas como mão-de-obra e como mercado consumidor. Frequentemente, os famigerados “mercado de trabalho” e “mercado consumidor” são os mais importantes polos de resultados a orientarem a formação cognitivo-cultural das pessoas, a organização das cidades, a escolha de políticas públicas, enfim, a realização da pessoa humana que coabita urbanamente este mundo.
Podemos definir trabalho como qualquer atividade física ou intelectual, realizada por ser humano, cujo objetivo é fazer, transformar ou obter algo. O trabalho sempre fez parte da vida dos seres humanos. Foi através dele que as civilizações conseguiram se desenvolver e alcançar o nível atual. O trabalho gera conhecimentos, riquezas materiais, satisfação pessoal e desenvolvimento econômico. Por isso ele é e sempre foi muito valorizado em todas as sociedades. A relação de trabalho (relação laboral) entre o empregador (a entidade patronal) e o empregado está sujeita a diversas leis e convenções, embora também exista aquilo a que se chama de trabalho ao negro (aquelas contratações realizadas de forma ilegal e que permitem explorar os interesses do trabalhador). Considera-se que o trabalho é uma atividade realizada em troca de uma contraprestação econômica. Por