Adesão
Vivemos num mundo conectado em redes. Informações viajam virtual e instantaneamente de um canto a outro, produzindo reflexos quase imediatos em diferentes lugares do globo. Se uma empresa multinacional quebra num país emergente da Ásia, no mesmo dia, a Bolsa de Valores de São Paulo entra em crise econômica. A Guerra no Iraque, em 2003, foi toda planejada na rede virtual. Hoje podemos acompanhar as consequências das guerras, tsunamis, terremotos, enchente, sentados numa poltrona confortável em nossa casa. Somos consumidores de milhares de informações em rede mundial.
As mercadorias, por sua vez, são jogadas num circuito cada vez mais amplo de fluxo de comércio e serviços. As frutas de mesa colhidas em Pirapora, no interior mineiro, em curto tempo estão à venda nos supermercados europeus. O dinheiro transformou-se em cartão que se retira no sistema informatizado, online, em inúmeros países do mundo, por turistas que consomem freneticamente. E as pessoas nunca viajaram tanto, como turistas. Outros para trabalhar, estudar e, até mesmo, para se protegerem, como no caso dos refugiados de países em conflito. Assim, o turismo tornou-se a primeira indústria mundial em volume de negócios e o número de trabalhadores sem nacionalidade cresce assustadoramente. O mundo se move em redes, num fluxo constante de mercadorias, pessoas, dinheiro, informações.
O deslocamento sempre esteve presente na história humana. Os homens interagem com outras culturas, levando e trazendo produtos; as leituras de Marco Pólo nos ensinam que integrar culturas é fundamental para novas aprendizagens. A diferença é que hoje tudo ocorre com muita velocidade e intensidade, mudando a organização sociocultural e ambiental das paisagens. A rede dos transportes encurtando as distâncias
O processo de globalização exige o desenvolvimento de meios de transporte cada vez mais rápidos. Para isso é necessário construir estradas, aeroportos,