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A Nissan Motor parece que está fazendo tudo direito. É raro para um alto executivo elogiar uma empresa rival – ainda mais no Japão, onde os empresários se esforçam ao máximo para não elogiar ou criticar os colegas. Mas Satoshi Ozawa, vice-presidente executivo da Toyota Motor, disse recentemente que a gigante automotiva pode aprender algumas coisas de como a Nissan enfrentou os problemas na cadeia de fornecedores provocados pelas enchentes na Tailândia.
Das três maiores montadoras japonesas – lista que incluiu também a Honda Motor – a Nissan foi a que conseguiu reiniciar mais rapidamente a produção depois dos desastres naturais deste ano.
No caso das inundações na Tailândia, ela conseguiu retomar a produção uma semana antes da concorrência e meses antes dos rivais depois do terremoto e tsunami de março. Isso ajudou a Nissan a aumentar sua fatia no mercado dos Estados Unidos este ano, de 7,8% para 8,1%. A Toyota e a Honda perderam mercado no mesmo período.
Certamente que há o elemento sorte quando se trata do impacto da fúria da mãe natureza: antes das enchentes na Tailândia, de gravidade inédita, não havia muito que sugerisse que uma fábrica importante da Honda estivesse em risco de alagamento. Mas a diretoria da Nissan também merece elogios. Os analistas citam seus esforços para dar mais liberdade a gerentes locais em questões de gasto e fornecimento de peças, o que permitiu que tivessem mais flexibilidade para substituir peças difíceis de achar com outras mais facilmente disponíveis. A Nissan também tem desde o ano passado uma plataforma única e mundial para a produção e fornecimento de peças de sua nova linha de compactos, como o modelo March, um bom nome para um veículo surgido das cinzas do terremoto japonês. Os mesmos componentes são usados em todos os locais de produção, seja na Tailândia, China, Índia ou México, o que significa que gargalos na cadeia de suprimento numa