Adaptações de plantas de mangues e de marismas
Os mangues são considerados ecossistemas de transição entre a terra e a costa. Só ocorrem em pontos onde há depósito de sedimento fino,por isso estão sempre associados à lama. É um ecossistema altamente produtivo, principalmente devido ao grande aporte de nutrientes vindos dos rios que se depositam em seu sedimento. Eles servem para alimentação, reprodução, desova, crescimento e proteção para diversos organismos.Também possuem terrenos com solo pouco oxigenado, sujeito a variações da maré e com altos teores de sais na água e no solo. Devido a esse fato não é muito rico em espécies vegetais ,pois são poucas as plantas que conseguem se adaptar a esses ambientes estressantes. Os vegetais apresentam algumas adaptações para sobreviverem nesses locais, as principais são: Controle da concentração de sais – Ele pode ser feito pela eliminação do excesso de sal através de sistemas glandulares presentes nas folhas, como é o caso das folhas de mangue preto (Avicennia schaueriana), ou pela presença de mecanismos fisiológicos capazes de "filtrar" a água salgada durante a absorção de sais pela raiz, como ocorre com o mangue vermelho (Rhizophora mangle). Viviparidade - Ao contrário da maioria das espécies vegetais, onde a semente germina no solo, as sementes do mangue germinam ainda presas à planta mãe, formando estruturas chamadas propágulos. Quando atingem determinado
tamanho, os propágulos caem da planta se fixando no sedimento ou então são dispersos pela água até se fixarem em outro local.
Figura 01 –Plântula da Avicennia
Figura 02 – Plântula da Laguncularia
Figura 03 - Propágulo germinando
Raízes respiratórias ou pneumatóforos - são adaptadas a realização de trocas gasosas com o ambiente. Esse tipo de raiz é encontrado em plantas como a Avicena tomentosa, que vive no solo encharcado e pobre em gás oxigênio nos manguezais. As raízes principais dessa planta crescem rente à superfície do solo e, de espaço em espaço, apresentam