Acúmulo de biomassa na pastagem
Professor Titular do Departamento de Zootecnia da UFV, Viçosa, MG. Estudante de Doutorado em Zootecnia do Departamento de Zootecnia da UFV, Viçosa, MG.
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Domicio do Nascimento Júnior1; Bruna Adese2
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1 - Introdução A produção animal obtida em pastagens é o resultado do processo fotossintético das plantas, que utilizam a energia solar para formação de biomassa que deverá ser consumida pelo pastejo e convertida em produto animal. A desfolhação, por meio do pastejo, necessita ser controlada, pois se de um lado as plantas crescem utilizando energia solar, água e nutrientes fornecidos pelo solo, de outro lado o animal influencia o seu crescimento pelo pastejo seletivo, além do pisoteio e das dejeções. No manejo do pastejo, o propósito é que a maior proporção da dieta do animal seja composta por folhas, em vez de colmos e material morto. Inúmeros são os fatores responsáveis pela produção de folhas ao longo do tempo (Nabinger, 1997). Para isso, é necessário conhecer e compreender não apenas o processo de transformação do pasto (forragem) em produto animal, mas, sobretudo, entender e controlar os processos de crescimento e desenvolvimento que resultam na produção da forragem a ser consumida. Dessa forma, quando se entende a dinâmica de crescimento e desenvolvimento das plantas que compõem uma pastagem e as respostas morfofisiológicas como conseqüência dos fatores interferentes, torna-se mais fácil adequar o manejo do pastejo visando à sustentabilidade do sistema de produção com alta produtividade dos componentes planta e animal, respeitando os limites ecofisiológicos das plantas forrageiras. Esta palestra foi estruturada da seguinte forma: 1º) descrever os mecanismos que resultam no acúmulo de biomassa forrageira; 2º) apresentar o que já se sabe sobre a forma com que
290 - II Simpósio Sobre Manejo Estratégico da Pastagem, UFV, Viçosa, 12-14/11/04
a planta acumula biomassa, desde sua unidade básica, o perfilho, até a sua