Acordo de bretton woods
A conferência de Bretton Woods teve como antecedente a discussão travada, independentemente, nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, sobre caminhos a serem trilhados no pós-guerra, que evitassem a repetição de conflitos de dimensões semelhantes ao iniciado em 1939.
A segunda guerra foi precedida de uma década marcada ou pelo desemprego e a agitação social nos países democráticos ou pela paz nos regimes fascistas. No início da década de 40 predominava nos países desenvolvidos a visão de que quando a guerra terminasse os problemas da década anterior retornariam com a mesma força de antes. Acreditava-se que a guerra tinha interrompido a depressão, por causa da mobilização de recursos que se tinha, mas os problemas que geraram a depressão não teriam sido resolvidos. O fim da guerra poderia ter, nessas condições, um efeito perverso; a paz nos campos de batalha traria o desemprego e os conflitos sociais de volta. Era essencial a descoberta de novas formas de organização social que permitissem fugir da cruel escolha que parecia se impor: a depressão ou a guerra.
A urgência da tomada de medidas que reduzissem o risco de retorno da depressão explica muitas mudanças econômicas, sociais e políticas importantes do período, como a passagem da Lei de Emprego nos Estados Unidos, em 1944. Medidas domésticas, no entanto, poderiam não ser suficientes para eliminar o risco da volta da depressão. A economia internacional, no passado recente, tinha sido uma restrição formidável à adoção de políticas que estimulassem a atividade econômica. Era preciso criar, também na esfera internacional, instituições e regras de comportamento que reforçassem o poder dos governos de perseguir a prosperidade doméstica. A ideia de organizar formalmente o sistema de pagamentos internacionais nasceu justamente da insatisfação com as duas formas espontâneas predominantes até a segunda guerra mundial, o padrão ouro internacional e o sistema de câmbio livre, sob o ponto de vista