Acompanhamento Terapêutico
AGUIAR, Joyce Oliveira Macedo
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem por objetivo esclarecer o trabalho do acompanhante terapêutico (AT) e suas atitudes no tratamento da psicose e outros diagnósticos. O AT dedica-se ao cuidado de pessoas cujo sofrimento, agudo ou crônico, justifique intervenções em suas atividades cotidianas nos espaços públicos e privados.
Alvarenga & Paravidini (2008) apontam que a figura do AT surge no início da década de 70, na Argentina. O trabalho consistia em “abordar os pacientes em todos os aspectos de sua vida diária, tentando criar-lhes um meio ambiente terapêutico, participando ativamente dos diferentes grupos a que pertenciam, visitando suas casas, conhecendo seus amigos” (MAUER & RESNIZKY, 1987 apud ALVARENGA & PARAVIDINI, 2008, p.173).
O AT, então, pratica a clínica do cotidiano, podendo esse trabalho ser na rua, na casa do paciente ou em outro lugar que se fizer necessário (ALVARENGA & PARAVIDINI, 2008).
REFERENCIAL TEÓRICO
A prática de Acompanhamento Terapêutico, conforme Vilela et. al. (2010), desenvolve–se em um contexto ampliado da clínica e da assistência ao psicótico. O AT é um atendimento clínico diferente do tradicional produzido no consultório, trata-se de um processo importante na condução do caso, pois intervém diretamente no mesmo.
Ribeiro (2002) expõe que, atualmente, a prática de AT é uma das mais requisitadas no serviço de saúde mental; acrescenta ainda a importância da abordagem psicanalítica nessa prática, pois a mesma permite compreender melhor a psicose. Neste sentido, a autora indica que o AT busque sustentação teórica nas concepções de Lacan, sobre um tratamento possível às psicoses.
A busca de tratamento para o psicótico, geralmente se dá por terceiros; como na busca pelo Acompanhamento Terapêutico, que costuma ser demandada por familiares, psiquiatra ou psicanalista. Com base nisso, Ribeiro (2002) apresenta a seguinte questão: Como devemos, sustentados pela ética