ACOMPANHAMENTO PSICOLÓGICO DO POLICIAL MILITAR EM SITUAÇÃO DE ESTRESSE OU PÓS-TRAUMA
RESUMO
A atividade policial militar apresenta características específicas, pois, constantemente o policial se vê na tentativa de resolver conflitos alheios, tanto em uma situação mais simples ou em uma que resulta de trauma grave, quer para a própria integridade física ou para a integridade de outrem. Tal condição expõe o policial a fortes emoções que, dependendo de cada pessoa, pode resultar em graves transtornos psicológicos, fato este que merecerá uma atenção especial da corporação no sentido de acompanhar os policiais militares que apresentarem tais sintomas, bem como, obrigatoriamente acompanhar policiais que passaram por ocorrências traumáticas graves.
PALAVRAS CHAVE: Acompanhamento psicológico, Policial Militar, Estresse, Pós-trauma.
1. INTRODUÇÃO
O ambiente de atuação do policial militar que o expõe a fatores tais como: a cobrança institucional, a disciplina rígida e um alto risco ocupacional, favorecem sua exposição a situações de estresse. Ele trabalha com situações que podem provocar morte e dano a integridade física dele e de outrem. As situações do trabalho policial exigem controle das emoções, decisões rápidas e obediência cega aos manuais de instrução. Percebe-se nesta atividade situações de stress ocupacional que desencadeia conseqüências danosas a sua saúde física, mental e às suas relações familiares, sociais e profissionais. Numerosos casos de grande repercussão que vemos nos meios de comunicação envolvendo policiais com desequilíbrios mentais, gerando comportamentos diversos tais como: alcoolismo, irritabilidade excessiva e o mais grave que é o suicídio. Por essa razão entendemos o imprescindível acompanhamento do policial militar, especialmente, quando forem observados comportamentos que indicarem estresse. Já em 2000, a Lei Estadual nº 2.0761 veio tornar obrigatória a