Acolhimento e atenção ao idoso
Em menos de 40 anos, o Brasil passou de um perfil de mortalidade típico de uma população jovem, para um quadro caracterizado por enfermidades complexas e onerosas, próprias das faixas etárias mais avançadas. Esse fato acarreta crescimento das despesas com tratamentos médicos e hospitalares, e, ao mesmo tempo, representa mais um desafio para as autoridades sanitárias, especialmente no que tange à implantação de novos modelos e métodos e planejamento, gerência e prestação de cuidados (VERAS, 2003).
A Organização Mundial de Saúde define saúde como: “um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não simplesmente a ausência de doença ou enfermidade”. A saúde precisa ser compreendida como o resultado de um conjunto de fatores que atuam sobre o indivíduo durante o ciclo vital. Muitos pesquisadores estudam os efeitos das mudanças de vida sobre a saúde, a relação causal entre as mudanças de vida e a ocorrência de problemas de saúde tem sido objeto de inúmeras pesquisas, tanto através das ciências biológicas, quanto da ciência psicológica. A maioria dos pesquisadores apontam para três perspectivas: mudanças psicossociais, eventos da vida e abandono da luta (LALLONI, 1997).
Em 2001, o Sistema de Internação Hospitalar (SIH) do Sistema Único de Saúde (SUS) registrou 12.227.465 internações hospitalares no âmbito do SUS. Os idosos, que representavam 8,5% da população geral, responderam por 18,3% das hospitalizações. A razão de habitantes/internações aumentou acentuadamente com a idade: 1,0; 1,7; 2,4 e 3,4 nas faixas etárias de 20-59, 60-69, 70-79 e 80 + anos de idade, respectivamente (LOYOLA FILHO, 2004).
O sistema de saúde não está estruturado para atender à demanda crescente desse segmento etário. Os idosos consomem mais dos