Acidentes de trabalho na construção civil identificados através de prontuários hospitalares
Cristiane Aparecida SilveiraI; Maria Lúcia do Carmo Cruz RobazziII; Elisabeth Valle WalterIII; Maria Helena Palucci MarzialeIV
IEnfermeira do Trabalho. Professora Titular da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Univ. de São Paulo. Centro Colaborador para o Desenvolvimento da Pesquisa em Enfermagem da OMS/OPS. Orientadora do projeto. E-mail: cris@eerp.usp.br
IIEnfermeira do Trabalho. Professora Titular da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Univ. de São Paulo. Centro Colaborador para o Desenvolvimento da Pesquisa em Enfermagem da OMS/OPS. Orientadora do projeto
IIIEnfermeira. Bolsista de Apoio Técnico do Projeto
IVEnfermeira do Trabalho. Professora Associada da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Univ. de São Paulo. Centro Colaborador para o Desenvolvimento da Pesquisa em Enfermagem da OMS/OPS. Membro do projeto
RESUMO
A Indústria da Construção Civil (ICC) mantém elevados índices de Acidentes de Trabalho (AT) apesar de esforços governamentais, empresariais e sindicais no sentido de reduzi-los. Em investigação realizada em um Hospital Universitário da cidade de Ribeirão Preto, Estado de São Paulo, Brasil, verificou-se, nos prontuários hospitalares, nas anotações efetuadas por profissionais da equipe de saúde, a incidência de AT ocorridos e suas possíveis relações com a ocupação dos pacientes/trabalhadores, que procuraram atendimento à saúde no período de dois anos consecutivos. Foram pesquisados 6.122 prontuários, objetivando investigar o número de trabalhadores acidentados, assim como suas características pessoais e dos acidentes, como as causas, as partes do corpo atingidas e pelos AT. De 6.122 prontuários hospitalares de pacientes acidentados no trabalho, 150 (2,45%) referiam-se aos trabalhadores da ICC. A faixa etária predominante foi a compreendida entre os 31 e 40 anos (34,7%), todos eram do sexo masculino e 55,3%