Academicus
Anualmente, universidades e faculdades habilitam milhares de jovens, do âmbito jurídico, ao mercado de trabalho. No entanto, no que diz respeito àqueles que logram sucesso, essa conta se restringe bruscamente.
Ao ingressar no curso de Direito, o aluno se depara com uma série de incertezas e possibilidades; enquanto uns já entram com um objetivo em mente (a carreira de advogado ou concurso público), outros caminham indecisos e sem um foco diante do leque de oportunidades que o bacharelado em Direito tem a oferecer. Contudo, tanto aqueles quanto estes poderão está vulneráveis ou fadados ao fracasso profissional caso conquistem essa posição. Isso por vários motivos; desde a deficiência na formação, ou mau desempenho acadêmico, ou até mesmo o comodismo profissional. Quanto a este último, aspecto, inerente principalmente aos que fazem valer todo o esforço e dedicação durante os enfadonhos cinco (5) anos, com aprovações no exame da ordem ou ingressando na carreira pública, faz-se perceber certa estagnação e limitação que dificultam o “inovar” em sua área de atuação. Essa comodidade, vista não no setor público, como também no privado, é um dos principais motivos da bancarrota profissional.
Em uma coluna da revista “Gestão & Negócios” pág.29, intitulado “Autonomia e Independência profissional”, o então Doutor em Ciências Sociais, Luiz Guilherme Brom pondera que a carreira profissional é instável e, por assim dizer, sujeita a “turbulências”. Segundo Brom, para se abster dos riscos que assolam a carreira de um profissional, se faz necessário, antes de tudo ter a “consciência de que essas ameaças existem”. Destarte, um advogado que não zela pelo seu trabalho, não procura se auto-afirmar no mercado frente à concorrência, não procura se atualizar especializando-se e, ainda, não se preocupa com novos estudos e compreensão das manifestações e transformações cotidianas, aconchegando-se em uma poltrona de escritório, este anda