Academica
AUTORAS: Liliana, Nédjma e Regiane
Rubem Alves no último parágrafo da crônica “Currículo dos urubus” nos mostra que “(..) Um bemte-vi é sempre um urubu de segunda categoria”... e que “talvez devêssemos começar não dos currículos – cardápios, mas do desejo do corpo que se oferece à educação. É isto: começar do desejo!”. Analisando estas colocações percebemos o quanto seria importante “acabar” com a idéia de formatação de modelagem, pois todos os indivíduos possuem subjetividade (própria!) independentemente do que lhes é imposto. Só que nenhum sistema para se ser aceito é necessário estar “formatado” para um melhor “encaixe” social, as subjetividades são deformadas e aqueles que resistem a isso são marginalizados, excluídos, sendo levados ao insucesso e a um posterior “enquadramento”. Desta forma vemos o currículo como formador de identidades e por isso a necessidade de trabalhá-lo não pela imposição (formatação, modelagem), mas com respeito às particularidades, assim nenhum bem-te-vi seria obrigado a se transformar em urubu e aprenderia a ser um melhor bem-te-vi. Várias propostas foram desenvolvidas com esse intuito (em teorias críticas e pós-críticas), mas “perderam-se pelo caminho” por terem em si a ideologia tradicionalista enraizada. Podemos, então, cair no pessimismo e acreditar que não existe uma maneira de mudar? NÃO! Uma vez que nada é impossível... tanto que teorias libertárias como a de Célestin Freinet em países como França e Portugal tem dado certo. Muitos podem achar que só funcionou por serem países de “primeiro mundo” e isso com certeza facilitou sua implantação, no entanto como no Brasil discussões vem ganhando “formas” em teorias e práticas (como a de Paulo Freire), já estamos “com meio caminho andado”. Rubem Alves em uma palestra feita em nossa cidade nos disse que o maior desejo de Herman Hess era educar uma criança que não tivesse sido