abuso sexual

O abuso sexual infantil é considerado como um grave problema de saúde publica devido ao seu alto índice de incidência e às sérias consequências psicológicas, sociais e cognitivas decorrentes dele para as vítimas e sua família. Apesar desse alto índice, ainda de acordo com estudos realizado pela Organização das Nações Unidas a violência contra a criança ainda é frequentemente silenciada e há escassez de dados estatísticos a respeito desse problema. Além disso, em muitos dos casos denunciados não é possível encontrar provas materias e testemunhais do abuso, pois frequentemente não podem ser detectados vestígios físicos no corpo da criança e o abuso não pode ser confirmado através de um Exame de Corpo e Delito (Jung, 2006). Dessa forma, tem sido recorrente o encaminhamento pelos juízes desses casos aos Serviços de Psicologia. Historicamente, os psicólogos jurídicos se pautaram na construção de pareceres técnicos que visavam apenas detectar a ocorrência ou não do abuso. Apenas recentemente é delimitado nos atos oficiais do Superior Tribunal de Justiça no artigo Art. 212, as atribuições do Serviço Psicossocial Forense, tal qual proceder à realização de estudo psicossocial. Assim, a produção de relatórios pelo psicólogo que incluam os aspectos sociais, subjetivos e psicológicos desse fenômeno é recente e enfrenta desafios para sua efetiva implementação. Além disso, as intervenções realizadas a partir desse Estudo Psicossocial também são recentes. Existem poucas pesquisas realizadas que discorram acerca desse novo olhar do psicólogo para os fenômenos que encontra no contexto jurídico e que mostrem a efetividade ou não dessa nova forma de construção da atuação. Por isso, é relevante que a seguinte pesquisa seja realizada e discuta acerca desses aspectos envolvidos no Estudo Psicossocial. Dessa forma, com esse trabalho pretendo contribuir para atuação do psicólogo jurídico, já que os casos de abuso sexual infantil acarretam graves danos à vítima e a família, que