Abuso familiar infantil
A cada dez crianças na faixa etária de zero a doze anos, três sofrem maus-tratos de alguma maneira dentro de sua própria moradia. Em várias dessas ocasiões esses atos de violência acabam não sendo percebidos nem pelas pessoas que são mais próximas da criança, muito menos por profissionais que tem certo contato com a criança, como por exemplo, médicos e dentistas.
Essas crianças são pessoas que nunca possuem voz ou vez em seu âmbito familiar. São pessoas que possuem como única tarefa se manter sob a submissão de familiares violentos e revoltos. Essa submissão trás a tona problemas de desenvolvimento tanto físicos quanto emocionais.
Para que um profissional possa entender a violência intrafamiliar, deve saber como é a interação entre pais e filhos, ou seja, precisa compreender o histórico-psicossocial, não apenas do indivíduo como também de toda a família.
Os responsáveis em geral, ou seja, pais biológicos ou adotivos, padrastos, ou parentes responsáveis por crianças violentadas utilizam varias maneiras de violência física, que vão desde um simples tapa até torturas inimagináveis. Em geral, estes pais creem que fazem isso pelo bem das crianças e alegam que desta forma serão bem educados e que fazem isso pelo próprio bem das mesmas. Contudo, no geral não percebem que esse ato acaba se tornando um ato repetitivo, onde mesmo após várias gerações os pais baterão em seus filhos sem reproduzir qualquer feito educativo na criança.
“As estatíasticas mostram que tanto meninas como meninos são vitimizados física e sexualmente desde a mais tenra idade” (SILVA, 2002, p. 76).
Apartir do início do período da puberdade as meninas continuam com um índice alto de violência que continua até os dezoito anos, enquanto esse índice diminui consideravelmente durante esse período. Isso se deve ao fato de que por volta de quatorze anos os meninos já possuem uma estrutura física muito similar à estrutura adulta e apartir de então conseguem praticar a