Abordagem da pré-história
Não temos como saber exatamente o que aconteceu com a humanidade no passado. Como os nossos antepassados viveram integralmente (e/ou intensamente) os momentos ou, ainda, como se deu em detalhes a hominização de nossos ancestrais. Há vários aspectos que move o tempo. O presente não é fotocópia do passado. Neste sentido, o progresso tecnológico é um dos muitos indicadores de civilização, sendo a felicidade humana outra garantia de “evolução”.
O contexto, assim apresentado, nos remete a querer saber, por exemplo, o que aconteceu ao nosso aventureiro Homo erectus, que há 1 milhão de anos saiu da África centro-oriental para pontilhar outras regiões. Como refazer seus passos? Como recompor seu cotidiano, imaginar suas práticas, conhecer seus valores? Como saber se esses homens viviam isolados ou em grupos, formavam famílias, desenvolviam crenças? Como chegar a seres tão distantes no tempo, considerando que só de poucos milênios para cá o homem inventou a escrita? (PINSKY, 1994).
Para o citado historiador (1994), cientistas e pensadores contemporâneos têm tentado responder a essas questões através de, basicamente, três métodos, isolados ou combinados:
1) O raciocínio lógico e a teoria;
2) Escavações e análise de vestígios;
3) Observação de grupos contemporâneos que, supostamente, tenham padrões de existências semelhantes.
Todos os métodos têm suas vantagens e seus limites. O que importa é desfazer a tosca imagem do homem “primitivo”, como infantil, no sentido de pré-lógico. Há uma tendência de considerar nossos valores os mais corretos, pois estamos fora do contexto, como quem olha daqui para trás. Nossas impressões parecem mais evidentes que a sutil névoa que paira na imagem do passado. Há fantasmas que devem ser enfrentados. Sendo assim, é necessário promover um exercício de autoconhecimento e perguntar-se: Seriam eles tão primitivos assim? Nesse sentido, questionar-se-ia o momento de ruptura entre