abobora
Paulo Honório - homem destemido que tem como maior ambição possuir as terras de São Bernardo, grotesco, no início da vida guia de cego, rústico, verdadeiro animal, possui autêntico sentimento de posse.
Madalena - professora da escola normal, tem uma visão humanitária, preocupa-se com o bem-estar, uma justa remuneração e tem consideração pelas pessoas, revolucionária.
Padilha - fraco moralmente.
Casemiro - amigo fiel de Paulo Honório, verdadeiro animal.
Tia de Madalena - religiosa, beata.
Mendonça - fazendeiro invejoso.
Filho de Paulo Honório - verdadeiro animal.
Padre - revolucionário.
Godinho - dono do jornal.
Num primeiro instante pode até parecer uma história de vitória de seu narrador-protagonista, Paulo Honório, que foi de guia de cego na infância até se tornar latifundiário do interior de Alagoas. No entanto, a questão principal é muito mais aguda e amarga.
Para alcançar sua ascensão social, o narrador paga um preço altíssimo, que é a destruição do seu caráter afetivo. Na verdade, a perda de sua humanidade pode ser entendida como fruto do meio em que vivia. Massacrado por seu mundo, acaba tornando-se um herói problemático, defeituoso (parece haver aqui um certo determinismo, na medida em que o homem seria apresentado como fruto e prisioneiro das condições mesológicas).
No princípio, sem saber quem são seus pais, Paulo Honório é cuidado por uma mulher, Margarida. Ajuda-a a se sustentar na confecção de doces. O fato mais importante nessa sua alvorada foi quando se apaixonou por Germana, que sofria na mão de João Fagundes. Em defesa dela, o protagonista esfaqueia o malfeitor, o que lhe rende um certo tempo de prisão. É a última vez que deixará o mundo passar por cima dele.
Consegue empréstimo com um sujeito chamado Pereira. É o início da virada de jogo. Além de conseguir negociar juros mais baixos, introjeta um sentimento de desforra pela exploração que mais tarde será saciado,