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Para o professor e os pais, o desafio maior é penetrar no universo dessa criança e, assim, conseguir incluí-la, o mínimo que seja, na vida escolar e em sociedade. Leia, a seguir, algumas dicas preciosas dadas por Eugênio sobre como se relacionar com essa criança.
★ Acima de tudo, observe a criança e procure conhecer suas qualidades e habilidades. É assim que você conseguirá adentrar um pouco o mundo dela. Se perceber que ela gosta de organizar a carteira, por exemplo, pense em como pode explorar essa característica para tornar seu aprendizado mais característico.
★ Não repreenda a criança e não espere que ela veja você - é você que deve observá-la. Seja paciente no trabalho com ela.
★ Respeite o espaço e a individualidade dela. Tentar se comunicar de maneira muito brusca, ou impondo um padrão da classe para ela seguir pode feri-la, o que fará com que ela se feche ainda mais.
★ Seja literal em tudo que disser. "Muitas vezes, a criança não consegue captar o subjetivismo da nossa fala", aponta Eugênio. Por exemplo, em vez de perguntar "Já vai?", busque a clareza de informações: "Você já está indo para a sua casa?". Ou, em vez de avisar "Vai cair", explique: "Segure o lápis, porque ele está quase caindo no chão".
★ Nunca compare a criança autista à outra criança, mesmo que seja autista também. As conquistas e o progresso são individuais. "Ela deve ser comparada apenas consigo mesma. O que fazia ontem, o que faz hoje e o que fará amanhã", orienta Eugênio.
★ Lembre-se: como todo ser humano, a criança autista possui a capacidade de amar e de dar afeto. Um dos objetivos do trabalho com ela é resgatar/revelar essa