Abaporu
O “Abaporu” (1928) de Tarsila é marcado pelo uso de cores fortes num fundo de matiz fria. Elas compõem o quadro de forma harmônica, agregando a peça com tons primários, principalmente. Suas formas arredondadas em destaque, como a do cacto, do sol e o homem, colocam certa fluidez no quadro. Sua composição, estrutura básica dos elementos do quadro, pode ser corroborada quando se fala de ponto focal, e sua evidencia para a cabeça do homem e o sol. Traçando formas complementares sobre a figura, vê-se que se alinham o triangulo sobre o homem e o cactus, uma ordenação do circulo para o sol, sendo pontos que apenas destacam. O quadro é bem iluminado, e é interessante notar que o reflexo da luz no homem e no cactos não está de acordo com a posição do sol, revelando essa desconstrução nessa revelação de aspectos mais brasileiro. O quadro vai operando nessa tentativa de ruptura.
Partindo disso, optamos por comparar a obra da Tarsila com uma releitura do pintor Romero Britto. Podemos considera-lo, um dos integrantes da dita pop-art, que proclamava por uma arte mais moderna (e descende do modernismo e por isso podem conversar plenamente) e que se comunicava com o seu publico através de símbolos e signos. Quando se fala de Pop-Art, muito se fala sobre