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Entretanto, essa integração às cadeias produtivas ocidentais e ao impulso industrial aprofundou as contradições da sociedade brasileira, já que o processo de modernização não atingiu a todos. A miséria, a concentração de terras e de renda, a preponderância do capital proveniente de outros países e a intensa exploração do trabalho ainda se faziam presentes, indicando um caráter conservador do processo de modernização.
Tal situação resultou na formação de movimentos sociais no campo, como as Ligas Camponesas, e no fortalecimento dos sindicatos de trabalhadores urbanos. Os partidos políticos ligados aos trabalhadores, como o Partido Comunista Brasileiro (PCB) e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), também ganharam maior influência. A ligação de alguns governos aos movimentos populares foi um dos aspectos que garantiram a adjetivação do período como populista.
Porém, a classe dominante brasileira, conservadora e ligada aos setores latifundiários e dependentes do capital estrangeiro, não aceitou os caminhos que tomava o processo de modernização, principalmente o fortalecimento de organizações populares e de partidos ligados aos trabalhadores. Em um contexto mundial de Guerra Fria, onde havia a polarização entre EUA e URSS, foram constantes as tentativas de golpes de Estado, terminando o período com um que deu certo e que instaurou um regime ditatorial civil-militar que perdurou por 21 anos, entre 1964-1985.
Ao mesmo tempo, a sociedade brasileira passou por mudanças em sua produção cultural, ganhando maior relevância movimentos artísticos surgidos no espaço urbano em crescimento. A música, o