I. PRINCÍPIO ATIVO AAS - ASPIRINA A aspirina faz parte de uma família de substâncias químicas denominadas salicilatos. Pessoas que se interessam pela medicina conhecem essas substâncias há séculos. Desde 400 a.C., era de conhecimento que a febre poderia ser baixada ao mastigar um pedaço de casca de Salgueiro. Em 1700, o cientista Reverendo Edmund Stone escreveu sobre o sucesso da casca do salgueiro na cura da "malária", ou febre acompanhada de dores. Com um pouquinho de investigação química, os cientistas descobriram que a parte da casca do salgueiro que era amarga e boa para a febre e dor é uma substância química chamada salicina. Depois de ingerida, essa substância química pode ser convertida (alterada) pelo corpo em outra substância química, o ácido salicílico. Durante muitos anos ela, o ácido salicílico (feito de salicina pela primeira vez pelo químico italiano Piria) e outras substâncias da mesma família foram usados em doses elevadas para tratar a dor e o edema em doenças como artrite e para tratar a febre em doenças como a gripe. O problema dessas substâncias químicas era que irritavam muito o estômago do usuário. Na verdade, algumas pessoas apresentavam sangramento no trato digestivo causado por doses elevadas dessas substâncias, necessárias para controlar a dor e o edema. O químico alemão Felix Hoffmann, que trabalhava para uma empresa química conhecida por Friedrich Bayer and Company, queria descobrir uma substância química que não fosse tão forte para o estômago. Ao seguir o raciocínio de que o ácido salicílico era irritante por ser um ácido, ele submeteu o composto a duas ou três reações químicas que anulavam uma das partes ácidas com um grupo acetil, convertendo-o em ácido acetilsalicílico (AAS). Ele constatou que além de reduzir a febre e aliviar a dor e o edema, o AAS era melhor para o estômago e funcionava ainda melhor do que o ácido salicílico. Em 1899, um dos principais químicos da Bayer, um cientista chamado Dreser, concluiu a