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Esta posição, acredita o engenheiro José Luiz Souza, presidente da Associação Paranaense dos Engenheiros de Segurança (APES), pode despencar ainda mais se as recentes iniciativas conseguirem atingir seu objetivo central, que é alterar a cultura do setor. Antes, reclamava-se da falta de equipamentos de segurança; hoje, a meta é conscientizar os trabalhadores a utilizarem os equipamentos, explica.
Outro fator que contribuiu para o decréscimo de acidentes foi a evolução da legislação. Para o ano que vem, a APES entende que virá o golpe fatal nos acidentes de trabalho dentro da construção civil. Entrará em vigor o novo seguro para acidentes de trabalho. Ele vai variar de 0,5% a 6% da folha de pagamento e vai pesar no bolso das empresas que não investirem em segurança. Imagine, 6% da folha de pagamento de uma grande empresa é dinheiro suficiente para investir bastante em segurança do trabalho, avalia José Luiz Souza.
Mas se a lei é moderna, e coloca o Brasil entre os países com uma das regulamentações mais consistentes do mundo, a fiscalização ainda é falha. As delegacias regionais do trabalho não têm gente suficiente para poder autuar. A solução reside em parcerias. No Paraná, um convênio entre o Crea (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura), a Delegacia Regional do Trabalho e o Corpo de Bombeiros reforçou a fiscalização em torno de 30%.
Dados coletados entre os Sinduscon de cada estado revelam que no universo do setor da construção civil brasileira 92% das empresas são de micro e pequeno porte,