8ª conferencia Nacional de Saude
Oitava Conferência de Saúde
Em 1986 foi realizada a Oitava Conferência de Saúde (CNS), a qual foi um dos principais momentos da luta pela generalização da saúde no Brasil, e contou com a participação de membros sociais implicados na transformação de serviços da saúde. Reuniram-se acadêmicos, profissionais da área, movimentos populares de saúde, sindicatos e até mesmo grupos de pessoas que não trabalham diretamente na área. O conjunto dessas forças acelerou a reforma sanitária, que obteve seu maior reconhecimento com a promulgação da Constituição Federal de 1988. A Oitava Conferência de Saúde representou uma quebra inédita com as políticas sociais brasileiras anteriores, ao garantir o acesso à saúde como direito social e universal. O modo como a assistência à saúde do Brasil estava organizada era decorrência de variados fatores, tais como a existência de um sistema de saúde que não atendia as necessidades da população; o acesso seletivo à assistência à saúde, deixando enorme contingente populacional sem atenção; a mobilização governamental para reformular a assistência até então existente; o movimento da reforma sanitária e o sindical; a ampliação do conceito de saúde; a formulação de proposta de reorientação do sistema de saúde; a criação de legislação que viabilizasse a implantação do Sistema Único de Saúde (SUS); esses fatores proporcionaram a implantação do SUS, garantindo legalmente a democratização à assistência à saúde. Durante a década de 70, vigorava o modelo médico assistencial - baseado em ações curativas – as quais não beneficiavam toda população, pois somente os trabalhadores contratados pelo regime da consolidação das leis do trabalho (CLT) contribuíam contra a Previdência Social e poderiam dispor dessa assistência. Além disso, o foco do atendimento encontrava-se no setor privado, vinculado e