8809 10914 1 PB
FONTES
OU
RECURSOS
DE
INFORMAÇÃO:
CATEGORIAS
E
EVOLUÇÃO
CONCEITUAL*
Lena Vania Ribeiro Pinheiro, IBICT
1.
TENTANDO CLARIFICAR QUESTÕES CONCEITUAIS E DE TRADUÇÃO
Alguns termos técnicos de Ciência da Informação nem sempre são bem compreendidos em língua portuguesa e, muitas vezes, os equívocos advêm de problemas de tradução e ausência de base conceitual. Além disso, línguas ou idiomas passam por transformações no tempo, são dinâmicos e, como também ocorre com indivíduos, têm seu ciclo de vida nascem, desenvolvem-se e morrem. Não por acaso a Bibliometria/Informetria estuda a
“vida-média” e a obsolescência da literatura científica.
Alguns desses termos, como os periódicos, estão entre os de interpretação mais diversa, muitas vezes equivocada, a começar pela diferença entre “journal”, que chega a ser traduzido por jornal, quando se refere a periódico científico. Diferentes são os “periodicals”, estes sim, publicações periódicas (porque circulam em intervalos regulares) e não científicas, elaboradas na condição de serviços de indexação e resumo, tanto que o
Thesauros da ASIST indica o uso (UF) de “índices de periódicos” (“periodicals indexes”), e não “journal indexes”. Da mesma forma, há alguns anos atrás, esses índices e resumos eram conhecidos como fontes de informação e hoje também é adotado o termo “recursos de informação”, tal como aparece e é recomendado na segunda edição do mencionado
Thesaurus.
Para uma breve e superficial verificação da atualidade do uso desses dois termos, foi acessado o Google e em “fontes de informação” foram recuperados 15.100.000 itens e, em “recursos de informação”, um número mais elevado, de 22.100.000, ambas as estratégias de busca com filtro. No entanto, na leitura do conteúdo dos primeiros itens foi constatado que, como recurso de informação é termo mais amplo, também engloba outros tipos de recursos, enquanto fonte de informação pareceu ser mais específico e ainda bastante adotado. No “Guides to information resources”,