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O estudo da Psicopatologia tem sido freqüentemente apresentado em sua dimensão descritiva. A proposta é ampliar o ensino prático, tradicionalmente centrado no modelo da extensa entrevista clínica, realizada diante de um grande grupo de alunos que a tudo assistem passivamente. Pretendemos aproximar o ensino e a prática da Psicopatologia dos ideais da Reforma Psiquiátrica Brasileira, que concebe o adoecimento mental como fenômeno complexo, envolvendo a relação do sujeito com o mundo.A Psicopatologia descritiva objetiva e desempenhada por um observador é livre de compromissos teóricos e isento de juízos de valor muitas vezes e confundida com Psicopatologia Fenomenológica principalmente nas modernas classificações psiquiátricas. E limitada e sem gestalt dos quais o doente acometido por algum tipo de sofrimento moral são assimilados a esquemas formais que conferem uma inteligibilidade apaziguadora para o observador, confirmando a análise de Foucault(1994) de que a resposta da razão sobre a loucuras só e possível através dos saber psicológico. Canguilhem(1982) chamou de Teoria Ontológica da Doença que toma os diferentes tipos de sofrimentos físicos e mentais em elementos totalmente orgânica, sem satisfazer a medicina somática, ela não da conta das exigências de uma psicopatologia, já que esta é a subjetividade em sua inteireza.O desafio do ensino da psicopatologia é que o pouco material didático encontrado não supre a necessidade da pesquisa, os tesouros semiológicos contém termos oriundos de tradições conceituais díspares, se não antogonais.Uma psicopatologia que seja só logos sem pathos, não terá mais utilidades do que uma lâmina sem fio(Monti e Stanghellini, 1996), por essa razão ,a necessidade de aprender a realizar uma entrevista diagnóstica de forma competente permanece como um dos elementos centrais do aprendizado em psicopatologia. Uma consulta aos manuais de classificação disponíveis (CID 10 e DSM-IV), bem como à maioria dos manuais de psicopatologia