6 CARVALHO
Vanise Dias – N2
CARVAHO, José Murilo. A construção da ordem; a elite política imperial/Teatro das sombras; a política imperial. 5 ed. Rio de janeiro: civilização Brasileira, 2010. P. 63-93.
Capítulo 3 Unificação da elite: uma ilha de letrados.
Carvalho iniciou o texto apontando para a educação superior como sendo elemento poderoso de unificação ideológica da elite imperial. Isso seria consequência de três fatos: quase toda elite possui estudos superiores, o que não ocorria em outras classes; educação superior era basicamente de formação jurídica, assim fornecia conhecimentos e habilidades; sua localização primeiramente na Universidade de Coimbra e pós independência em quatro capitais provincianas fomentava o contato pessoal entre os estudantes de diversas localizações geográficas.
A Universidade Coimbra, segundo o autor, foi criada em Lisboa em 1290 e transferida para Coimbra em 1308. No início ela possuía orientações jurídicas francesas e italianas que eram bem marcadas pelo direito romano. Em 1384 ela foi retornada a Lisboa, e foi tomada por um controle governamental, em certo período (D. Joao II), os reis foram declarados Protetores da Universidade e isso gerou uma livre escolha de reitores e lentes, assim os juristas estavam muito ligados ao rei. Em 1537 a Universidade voltou a Coimbra e houve então dois séculos do qual ficou isolada do progresso intelectual e científico europeu. No entanto, em 1759, quando houve um expulsão de jesuítas de Portugal e de algumas colônias, foram feitas reformas na educação portuguesa em todos os níveis. Foi colocado ênfase nas ciências físicas e matemáticas. O Iluminismo que chegava a Portugal era com essência progressista, reformista, nacionalista e humanista, era baseado no iluminismo italiano que era cristão e católico.
O autor comentou que as reformas de Pombal, geraram um novo grupo de cientistas com o objetivo de promover o progresso