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Brasil começam a sair do papel, no trecho entre Cuiabá (MT) e Santarém (PA). O ritmo dos trabalhos de pavimentação, no entanto, ainda frustra aqueles que aguardam os benefícios que a conclusão da obra pode trazer. Os reparos na estrada estão entre diversos projetos que devem ser desenvolvidos para melhorar a infraestrutura logística de Mato Grosso, que é o maior produtor de grãos do país.
A BR-163 é a principal via de escoamento destes produtos no Estado. no norte, próximo à divisa com o Pará, a circulação de caminhões é baixa. Isso porque não há asfalto no eixo. A ausência de infraestrutura impede que a produção agrícola do médio-norte mato-grossense siga o caminho mais curto até os portos. Em vez de direcionar a safra para o Porto de Santarém, os agricultores precisam enviar a produção até Santos (SP), ou Paranaguá (PR), percorrendo quase mil quilômetros a mais. Se a pavimentação da estrada estivesse concluída, a situação seria outra, de acordo com o presidente da Aprosoja MT, Carlos Favaro.
– Bom é algo entre US$ 30,00 e US$ 60,00 por tonelada. É impressionante como Mato Grosso vai se tornar competitivo. Nós estamos usando um jargão que eu não tenho dúvidas de que é verdadeiro: é a carta de alforria para os cidadãos. Tanto de Mato Grosso quanto do Pará. É a oportunidade de o Brasil se tornar eficiente, sem ficar entulhando os portos do Sul e Sudeste do país e exercer nossa vocação, que é exportar pelos portos do arco norte – diz.
Trinta e seis anos depois da inauguração, a rodovia Cuiabá-Santarém vive uma fase de expectativas. Até Guarantã do Norte (MT), tudo asfaltado. Dali em diante, um canteiro de obras pode ser visto ao longo dos mais de mil quilômetros até a cidade portuária. O ritmo das obras preocupa os produtores, que esperavam poder utilizar toda a rodovia para o escoamento da próxima safra de soja, que deve ser colhida no ano que vem.