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“Saber que não posso passar desapercebido pelos alunos, e que a maneira como mepercebam me ajuda ou desajuda no cumprimento de minha tarefa de professor, aumenta em mim oscuidados com o meu desempenho”. E essa percepção que o aluno tem de mim não resultaexclusivamente de como atuo, mas também de como o aluno entende como atuo. Devo estar atentocom a leitura que os alunos fazem de minha atividade com eles. Estar atento ao silêncio, ao sorriso,a uma indisciplina, contextualizando-os.3.3 ENSINAR EXIGE COMPREENDER QUE A EDUCAÇÃO É UMA FORMA DEINTERVENÇÃO NO MUNDO“Intervenção que além do conhecimento dos conteúdos bem ou mal ensinados e/ouaprendidos implica tanto o esforço de reprodução da ideologia dominante quanto o seu desmascaramento” . O termo “intervenção” é utilizado pelo autor tanto no sentido de aspirar mudanças, quanto de imobilismo para manter a ordem injusta. O erro de conceber a educação comouma coisa neutra implica diretamente visões defeituosas da História e da consciência. Estaneutralidade da educação só é interessante para a classe dominante. “Seria até angelical da nossaparte esperar que a 'bancada ruralista' aceitasse quieta e concordante a discussão nas escolas rurais eurbanas de nosso país, da reforma agrária como projeto econômico, político e ético da maior importância para o próprio desenvolvimento nacional”. Ou então acreditar que alguns setores doempresariado adiram à reforma agrária seja uma posição puramente progressista, quando naverdade esta posição se esvazia de humanismo quando da confrontação entre os interesses humanose os de mercado. Esta é uma tarefa para educadores progressistas cumprir, dentro e fora das escolas.Tornar-se omisso a esse tipo de discussão é considerada pelo autor como uma transgressão da ética.“Naturalmente, reinsisto, o empresário moderno aceita, estimula e patrocina o treino técnicode seu operário. O que ele necessariamente recusa é a sua formação que, envolvendo o saber técnico e científico

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