4º Distrito: Uma história de progresso industrial
Foi a partir do trabalho – e da população de imigrantes operários que se mudou para perto das fábricas – que se deu o surgimento do 4º Distrito. “A cidade cresceu a partir daquela região, batizada de Caminho Novo, onde hoje é a Voluntários da Pátria, em 1824”, explica a arquiteta e professora da Pontifícia Universidade Católica do RS (PUCRS) Leila Mattar. Ainda havia o Caminho do Meio, atual Osvaldo Aranha, e o Caminho dos Moinhos, que se transformou no bairro Moinhos de Vento.
Na Zona Norte, a Voluntários da Pátria foi o eixo estruturador do bairro. No século 19, a região é descrita por viajantes como repleta de chácaras e muito aprazível. No final do século, a Companhia Territorial Porto-alegrense loteou uma parte da região, para aumentar o número de residências, que já começavam a aparecer com a chegada dos primeiros imigrantes, que deram impulsão ao desenvolvimento.
Nos bairros São Geraldo e Navegantes, os galpões das fábricas misturavam-se às residências, tanto no Caminho Novo como nas ruas adjacentes, principalmente na avenida Eduardo, hoje chamada Presidente Franklin Roosevelt. “As pessoas não se deslocavam, elas moravam perto do trabalho”, pontua a especialista.
Os primeiros a chegar foram os alemães, seguidos de italianos e poloneses, entre outros povos. A diversidade étnica levou à criação de clubes e sociedades, como a Gondoleiros, a Navegantes São João e a Polônia, que existem até hoje. Os imigrantes deixaram de legado, também, uma série de templos religiosos, como a Nossa Senhora de Monte Claro, que