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Marie Rogêt e A Carta furtada: marcas da espacialidade gótica na escritura detetivesca de E. A. Poe.1
Luciana Moura Colucci de Camargo2
Resumo: Este estudo pretende discutir o talento visionário de Edgar Allan Poe (18091849) e sua expressiva contribuição aos estudos literários e críticos. Assim, este estudo concentra-se na leitura crítica dos contos Os crimes da Rua Morgue(1841), O mistério de Marie Rogêt (1842) e A carta furtada(1844) com foco no espaço e suas relações com o fantástico, o gótico e o policial na escritura ficcional e teórica de Poe.
Palavras-chave: Poe, espaço, fantástico, gótico, contos de detetive.
Abstract: This paper aims to discuss Edgar Allan Poe´s avant-la-lettre talent and his expressive contribution to the literary and critical studies. For that, this study is focused on a critical reading of the short stories named The Crimes in the Rue Morgue (1841),
The Mystery of Marie Rogêt (1842) and The Purloined Letter (1844) from its spatial perspective and its relation among the fantastic, the gothic and the detective fiction in
Poe´s fictional and theoretical writings. Keywords: Poe, space, fantastic, gothic, detective short stories.
Entre a engenhosidade e a capacidade analítica existe uma diferença muito maior, na verdade, do que a que existe entre a fantasia e a imaginação, embora o caráter estritamente análogo. Verificar-se-á, de fato, que o homem engenhoso é sempre imaginoso, enquanto que o verdadeiro imaginativo não deixa jamais de ser analítico.
(Edgar Allan Poe, Os crimes da Rua Morgue).
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Este artigo é resultado de pesquisa apresentada – mesa redonda – no IV Simpósio Gêneros
Híbridos da Modernidade, realizado na Unesp/Campus de Assis, em 2012.
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Doutora, professora adjunta do Departamento de Estudos Literários da Universidade
Federal do Triângulo Mineiro (UFTM/MG). Email: profalucianacolucci@gmail.com
Evidência, Araxá, v. 10, n. 10, p. 143-154, 2014
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Autor de controvérsias