3parte
O apinhamento dentário é um problema oclusal bastante comum na prática ortodôntica. Por vezes, não é passível de tratamento apenas com movimentações e inclinações dentárias. Sendo assim, de acordo com o grau de apinhamento dentário, o profissional deve optar por desgastes interproximais ou extrações dentárias. Os dentes mais comumente eleitos para extração são os quatro primeiros pré-molares. Entretanto, em alguns casos o perfil do paciente é limitante para esse procedimento, como nos casos de perfil reto. Uma opção de tratamento alternativa, com diversos relatos na literatura, seria a extração de um ou mais incisivos inferiores. (CARREIRO et al., 2005) Canut (1996) destacou situações clínicas em que, eventualmente, o plano de tratamento inclui a extração de um incisivo inferior. Tais como: anomalias de número em dentes anteriores, seja por dentes supranumerários na mandíbula ou agenesia de incisivos laterais superiores; anomalias de tamanho dentário, macrodontia de dentes inferiores ou microdontia de incisivos laterais superiores; erupção ectópica de incisivos; e má-oclusão Classe III moderada, com mordida cruzada anterior ou relação topo a topo.
Na amostra utilizada no estudo desenvolvido por Ileri et al., (2011), que compreendia pacientes com má-oclusão de Classe I, submeteram-se a extração de incisivo inferior casos que apresentavam apinhamento severo inferior e moderado ou inexistente na arcada superior, com excesso de massa dentária anterior inferior. Os pacientes que apresentavam apinhamento moderado de até 4mm foram tratados sem extração, e apinhamento severo em ambos os arcos (aproximadamente 8mm) foram tratados com extração de quatro primeiros pré-molares, desde que o perfil facial permitisse tal procedimento. Este não é um protocolo fixo, tendo variâncias entre os estudos.
A extração de incisivo inferior também apresenta alguns efeitos adversos, sendo o principal deles perda da papila interproximal. Uribe et al., (2011), em seu estudo,