3 Breves notas sobre o desafio das novas tecnologias na leitura e produ o textual na escola b sica
Sandro Luis da Silva1
Resumo
O tema educação e novas tecnologias tem despertado cada vez mais o olhar dos estudiosos.
Neste artigo, propomos breves notas sobre o uso das novas tecnologias no processo de ensino-aprendizagem de língua portuguesa, mais especificamente em relação à prática pedagógica do professor em sala de aula. Para isso, apresentamos algumas considerações sobre um estudo (ainda em desenvolvimento) com professores da escola pública de uma cidade da grande São Paulo. As reflexões aqui apresentadas pautam-se nos estudos de
Pinheiro (2007), Marcuschi (2004), Harvey (1992) e Goergen (2005), Moran (2012) em relação às novas tecnologias. O aporte teórico quanto à leitura e às novas tecnologias é dado por Marcuschi (2005 e 2012) e em Lajolo (1993). Constatou-se que ainda há certa resistência dos professores em inserir novas estratégias de ensino por falta de uma formação adequada, seja inicial, seja continuada.
Palavras-chave: novas tecnologias, leitura, produção textual.
1. Introdução
Tem sido uma exigência constante aos educadores uma atualização e um olhar diferenciado para o cenário da inovação tecnológica que se configura dia a dia na sociedade. O dinamismo da vida moderna no qual estamos inseridos determina um novo perfil de educador, do qual se exige a busca em sua formação – inicial e continuada – não apenas conteúdo informacional, relativo à disciplina que ministra em sala de aula, mas também instrumentos viabilizadores de um processo reflexivo que o torne um agente constante de transformação social, que forme cidadãos críticos, capazes de lidar com os mais diferentes gêneros, no ato de ler e no de escrever. A pressão para a aproximação
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Doutor em Língua Portuguesa pela PUC/SP, professor de língua portuguesa e ensino no Departamento de
Letras da Universidade Federal de São Paulo (NIFESP), campus Guarulhos.
Revista Tecnologias na Educação – Ano 6