2º guerra mundial
O adiamento da revolução socialista mundial — iniciada com a Revolução de Outubro de 1917 — foi pago pela humanidade trabalhadora com um preço inédito em vidas humanas, especialmente fortes nos países que estiveram no centro desse adiamento: 20 milhões de mortos na União Soviética, 13 milhões na Alemanha. Isto sem contar a qualidade das mortes, que incluíram cenários de degradação humana como nunca tinham sido vistos na História: campos de concentração nazistas; câmaras de gás; políticas de extermínio total de judeus, ciganos, homossexuais, deficientes mentais e muito mais. 60 milhões de homens em armas, 50 milhões de mortes (a maioria na população civil) como resultado direto dos combates, ou "80 milhões de pessoas, sem contar também as que morreram por fome e doença (...) oito vezes mais do que na Primeira Grande Guerra": ao todo, aproximadamente, 4% da população mundial da época, e tudo isso, em escassos cinco anos. Os números da Segunda Guerra Mundial estão aí para demonstrar a validade da alternativa histórica que Rosa Luxemburgo colocara imediatamente após a Primeira Guerra Mundial: "Socialismo ou Barbárie".
Embora os números não expressem a qualidade das mortes, eles refletem a quantidade dos massacres absurdos da população civil, desnecessários do ponto de vista militar, levados adiante por todos os principais protagonistas da guerra, mas especialmente pelos "democratas" Aliados, a exemplo do inútil bombardeio da cidade alemã de Dresden (quando a capitulação da Alemanha já era questão de horas), ou das bombas atômicas lançadas sobre Hiroxima e Nagasaki, com suas centenas de milhares de mortos civis e seus efeitos ainda sensíveis décadas depois. Na Segunda Guerra, porém, a participação dos Estados Unidos não foi preventiva, mas central, embora existisse uma forte corrente isolacionista no seio da classe dominante americana até dezembro de 1941 (ataque japonês a Pearl Harbor), que marcou seu ingresso na guerra.
Até esse momento, a