2ª Geração Romântica
Contexto histórico
A poesia ganha novos rumos com o aparecimento dos ultrarromânticos. Esses poetas desinteressam-se da vida político-social e voltam-se para si mesmos, numa atitude profundamente pessimista.
Como forma de protesto contra o mundo burguês, vivem entediados, aproveitando os prazeres terrenos e a espera da noite.
Projeto literário
A idealização absoluta e o interesse por duas ideias essencialmente românticas – amor e morte.
Essa geração de poetas atormentados, que frequentemente morriam ainda jovens, foi marcada pela expressão exacerbada de um subjetivismo pessimista, pelo desejo de evasão da realidade, pela atração pelo mistério e ainda pela consciência da inadaptação do artista à sociedade em que vive.
Em oposição à expressão pessimista do sentimento amoroso, típica, por exemplo, de Álvares de Azevedo, que fala da solidão e da morte, Casimiro de Abreu fala de sonhos de amor e suspiros de saudade.
Agentes do discurso
No Brasil do Segundo Império, os poetas eram em sua maioria jovens estudantes que, longe da casa paterna, viviam em repúblicas.
O isolamento cultural em que se viam definia uma condição de produção marcada por uma característica mais cosmopolita. Em lugar de se ocuparem com os problemas nacionais, dedicavam suas horas à leitura dos mestres românticos europeus.
A circulação dos textos também era influenciada pelo contexto em que viviam. Como havia poucas oportunidades de interação social, os salões tornavam-se o espaço mais frequente para a divulgação da produção poética do período.
Principais autores e obras
Álvares de Azevedo (1831-1852)
-Lira dos Vinte Anos, poesia escrita em 1853.
-Noite na Taverna, de 1855, prosa onde há contos fantásticos e macabros.
-Macário, teatro de 1855 com diálogo entre Satã e Penseroso, tendo por centro os vícios e desatinos da cidade de São Paulo.
-Pedro Ivo, poema épico de 1855.
-Conde Lopo, poema dramático de 1886.
Fagundes Varela (1841-1875)