2ª geração do romantismo
Inicialmente, romântico era tudo aquilo que se opunha ao clássico. Uma arte de caráter erudito e nobre opõe-se a uma arte de popular, que valoriza o folclórico e o nacional, esse nacionalismo romântico se manifesta na exaltação da natureza pátria, no retorno ao passado histórico. Outra característica marcante do romantismo foi o sentimentalismo, a valorização dos sentimentos, das emoções pessoais – o individuo passa a ser o centro das atenções (egocentrismo). Valorizando a imaginação, o romântico cria um mundo particular e faz uma interpretação subjetiva da realidade. As múltiplas fugas da realidade, a saudade da infância, a idealização da sociedade, do amor e da mulher e, mais radical, a morte. A segunda geração baseou-se em uma arte totalmente voltada para o desapego a este nacionalismo e “mergulhou” em um exacerbado sentimentalismo e pessimismo doentio como forma de escapar da realidade e dos problemas que assolavam a sociedade na época. Também conhecida como Mal do século, a segunda geração romântica foi caracterizada pelo extremo subjetivismo, onde o culto ao “eu” revelava um extremo egocentrismo que culminava com o sentimento de morte, dúvida e obscuridade.
Principais autores dessa geração.
As principais figuras artísticas que se destacaram neste período foram: Álvares de Azevedo, Junqueira Freire, Casimiro de Abreu e Fagundes Varela.
Todos estes poetas não conseguiram atingir a plenitude de sua juventude, pois morreram precocemente atingidos pelas patologias advindas do modo de vida que levavam. Devido ao pessimismo já mencionado anteriormente, eles preferiam os lugares escuros, sombrios, úmidos para se estabelecerem, e ainda eram boêmios noturnos assíduos e tinham a bebida como foco principal, uma vez que esta funcionava com válvula de escape para os mesmos. A temática pregada por eles baseava-se no sonho, no devaneio, o amor era aquele platônico, a mulher era vista como uma figura inatingível,