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O ateliê de projeto como mini-escolaEdson da Cunha Mahfuz
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Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/10.115/1?fb_comment_id=fbc_10150214701004283_26537959_10151292824194283#f26c2043d
Embora o currículo das escolas de arquitetura seja formado por muitas matérias, parece inquestionável que a disciplina de prática de projetos é a mais importante, pois é nela que se realiza a síntese de todos os conhecimentos necessários ao projeto de edificações, espaços abertos e de urbanismo. Ou seja, é nela que se pratica algo aproximado ao que o futuro arquiteto fará após graduar-se. Imediatamente, uma questão se impõe: qual a natureza do ensino de projeto? Como deve ser a disciplina em que, por meio da prática, se aprende a projetar? Muitos acreditam que o ateliê de projeto deve ser um simulacro de um escritório profissional. Essa crença padece de um vício de origem: em um escritório todos os que projetam já concluíram sua formação básica e estão legalmente habilitados a praticar a profissão. Por outro lado, o estudante de arquitetura não sabe nada ao entrar no curso e vai ganhando conhecimento a uma velocidade que só permite que “brinque” de arquiteto ao final do curso. Mesmo respeitando quem pensa o contrário, é ridícula a idéia de que o estudante, fazendo uso da sua “liberdade”, desenvolva sua “personalidade criadora” sem contar com uma base a partir da qual evoluir. Para muitos, tudo o que um professor de projetos deve fazer é auxiliar os estudantes a desenvolverem o seu modo de criar, como se eles já trouxessem do período escolar anterior algum conhecimento sobre o assunto. Sou de opinião que projeto não se ensina, mas projeto se aprende. Como pode ser isso? Contrariamente à disciplinas de algumas áreas, um professor de projeto não detém nenhum conhecimento incontroverso que possa ser transmitido como fórmulas para resolver problemas. A essência do ensino de projeto é a criação e proposição de