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No Rio de Janeiro as forças policiais apreendem toneladas de cocaína anualmente. É uma das drogas mais consumida nestas terras de passeatas e atos teatrais anti-violência. Mas você já parou para pensar como é feita a cocaína? Qual o processo mecânico e químico para transformar folhas de uma simples planta, no entorpecente motor da violência mundial? É o que veremos agora com a ajuda de um vídeo que tinha armazenado em meu computador há um tempão, e já tinha até esquecido.

Vamos descobrir como é o início da fabricação do pó branco que era símbolo de status nas principais rodinhas intelectuais do Rio antigo, e que era (ou é!) servido em bandejas nas festas da mais alta roda da sociedade brasileira.

O vídeo abaixo, pelo que entendi, foi feito por um jornalista colombiano, e que mantinha um blog chamado “Colombia Reports”. Pena que o site não é atualizado desde 2006. Não sei nem se o editor ainda está vivo:

As folhas de coca são arrancadas dos pés e levadas para tendas escondidas em meio à floresta, onde são trituradas com o auxílio de um cortador de grama. Depois são reunidas com uma vassoura, e colocadas sobre um plástico, formando um pequeno monte.

Sobre as folhas são jogadas então generosas porções de cimento. Isso mesmo, cimento para construção. Pega-se então um galão com uma mistura de soda cáustica, amônia e gasolina, que é colocado em um regador para molhar as folhas de coca trituradas.

Para ajudar a misturar, os camponeses ficam andando sobre a pilha de mato, e aproveitam para adicionar uma boa dose de cal, aquele pó branco que se mistura com água para pintar paredes por um custo baixo. Depois continuam pisoteando a mistura, e aproveitam para regar novamente com bastante gasolina. Em seguida, misturando tudo ainda com os pés, regam também com uma solução de ácido sulfúrico.

Após, toda aquela lama formada é colocada em um tonel, onde recebe mais alguns litros de gasolina pura e gasolina reutilizada. Deixam então a mistura descansar.