2 matrizes energeticas
A crise hídrica pela qual o Brasil passa, com reflexos no abastecimento de energia elétrica, deixa clara a necessidade de continuar o processo de diversificação da matriz energética do país. Atualmente, as hidrelétricas representam 69% da produção, que só não passa por um racionamento semelhante ao de 2001 devido ao acionamento de usinas térmicas que complementam o sistema.
Para os especialistas em energia, é necessário garantir mais segurança para o fornecimento no longo prazo. Em um encontro da Academia Nacional de Engenharia promovido na sexta-feira na PUC-RJ, o diretor de Estudos em Energia Elétrica da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), José Carlos de Miranda, afirmou que os leilões promovidos pelo governo vão resultar em 485 usinas a serem implantadas até 2018. Entre as medidas defendidas por ele estão a ampliação do parque térmico, o uso de usinas movidas a carvão e a mudança na forma de indenização de áreas indígenas inundadas.
Reportagem 1
País é hoje dependente de hidro e termoelétricas. Para especialistas, modelo é arriscado e caro. E saída passa por explorar fontes renováveis e potencial das regiões. Solução a curto prazo, porém, é vista com ceticismo.
Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o apagão de terça-feira (05/02), que atingiu partes das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, não foi causado, em princípio, por excesso de consumo. Mas de acordo com especialistas ouvidos pela DW, o Brasil precisa diversificar urgentemente sua matriz energética – hoje altamente dependente das hidroelétricas e, em casos de