5 volume morto do cantareira
A captação de água do volume morto do Sistema Cantareira, que baixou para 12,4% da capacidade nesta quinta-feira, ameaça trazer à tona poluentes depositados no fundo das represas, onde se concentram contaminantes que não são tratados por sistemas convencionais para o abastecimento. Três especialistas em biologia e toxicidade d'água fizeram o alerta ao Ministério Público Estadual (MP), que abriu inquérito civil para investigar a crise hídrica do sistema.
"Quando se cogita fazer o uso do volume morto por causa das condições emergenciais de necessidades hídricas, antes que esteja disponível para o abastecimento público, deve passar por análise criteriosa e tratamento adequado para atendimento dos padrões normatizados de qualidade de água", afirmam, em parecer, Dejanira de Franceschi de Angelis e Maria Aparecida Marin Morales, da Unesp, e Silvia Regina Gobbo, da Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep).
O documento embasou o pedido feito pelos promotores do Grupo de Atuação Especial do Meio Ambiente (Gaema) para que a Agência Nacional de Águas (ANA), o Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE), a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) e a Companhia do Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp) informem quais os critérios de uso do volume morto. Além disso, o MP exige saber quais garantias foram pedidas para que não haja movimentação do lodo das represas durante a captação e quais exames de qualidade da água serão feitos.
Reportagem 1
Especialista alerta para riscos do uso do volume morto da Cantareira
Começou, nesta quinta-feira (15), a retirada da água da reserva técnica do sistema Cantareira, o chamado volume morto. A bióloga e professora da Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep), Silvia Regina Gobbo, alerta que já vivemos uma “calamidade pública” e que há consequências ao utilizar esse recurso, principalmente para a região do Comitê das Bacias dos rios Piracicaba, Capivari e