2 JEAN PIAGET
O período no qual Piaget desenvolve seus trabalhos é marcado pela forte influência dos estudos em psicologia, os quais se destacavam devido as concepções de tendências behavioristas, Gestalt e a psicanálise. Na corrente behaviorista, esta corrente, segundo Palangana (2001, p. 17), "[...] reduz o homem à sua simples condição de animal, considerando-o como qualquer outro organismo vivo". Acrescenta ainda que:
O behaviorismo negligencia a capacidade de simbolização humana, tal como esta se manifesta no comportamento intelectual, emocional, linguístico etc. Privilegiando as condições exógenas, esses teóricos acreditam que o conhecimento é o resultado direto da experiência (PALANGANA, 2001, p. 17).
Portanto, aos behavioristas interessava o produto da aprendizagem, na tentativa de formular leis gerais que pudessem servir para controlar o comportamento.
Com relação a Gestalt, considerada a teoria da forma, esta se caracteriza por defender que a análise comportamental não pode ser explicada baseando-se na associação estímulo/resposta. Apesar da proximidade entre as ideias de Piaget e a Gestalt, no que se refere a natureza epistemológica, a distância se dá por preocupações opostas na questão do processo de conhecimento.
A concepção psicanalítica defende que, o inconsciente tem um papel fundamental na compreensão do desenvolvimento e funcionamento da personalidade humana. Assim como Piaget, a psicanálise também discorda da psicologia associacionista.
Além destas concepções psicológicas, da época, haviam outras que não possuíam representatividade significativa, mas acabavam fazendo parte de uma determinada perspectiva psicológica pois, neste período, marcado por uma divisão da comunidade científica, se pensava a partir de duas perspectivas: a inatista e a ambientalista.
Alguns estudiosos, orientados pela filosofia idealista, desenvolviam uma psicologia descritiva de caráter inatista, onde os fatores endógenos são