1º de maio
1º de Maio...
Em 1891, em Paris, trabalhadores socialistas dos países industrializados da época, reunidos num congresso da Internacional Socialista, consagraram esta data como o dia da luta pelas 8 horas de trabalho. Naquele tempo os operários viviam numa grande miséria. Trabalhavam 12, 15 e até 18 horas por dia. Não havia descanso semanal nem férias. Para o mundo do trabalho não existiam leis. A filosofia liberal da época não admitia que se fizessem leis para os trabalhadores. Vigorava a lei do patrão. A lei do cão. A diminuição de turnos de trabalho foi a primeira reivindicação da classe. Exigia-se não morrer de tanto trabalhar. Outra exigência era a de não morrer de fome. Ou seja, ter um salário que permitisse viver. Muitas greves foram realizadas no século XIX. Os patrões respondiam com mortes, prisões e perseguições dos lutadores operários. Tudo o que os trabalhadores conquistaram foi fruto desta luta da classe. Através dela foram conquistadas a jornada de 8 horas, as férias, o descanso aos domingos, a previdência social, a indenização por acidente, a aposentadoria, tudo, enfim.
Hoje, no começo do século XXI, a classe trabalhadora do mundo todo, em sua maioria, está perdendo o que conquistou em 200 anos de lutas.
Nos últimos anos, vemos o aumento do horário de trabalho em países como França, Alemanha, Itália e muitos outros. É a mesma ofensiva dos patrões no mundo inteiro. É a mesma política aplicada em qualquer país que se dobra às ordens do grande capital mundial, coordenada pelo Fundo Monetário Internacional, o FMI. No Brasil, os empresários exigem mudanças nas leis trabalhistas para flexibilizar todos os direitos. Querem diminuir o que eles chamam de custo do trabalho. Na verdade, eles querem aumentar seus lucros nas costas dos trabalhadores. Para isso, inventam novas palavrinhas inocentes como flexibilização, reforma ou expressões como desengessar a economia, diminuir o Custo Brasil, para aplicar seu plano de retirar o que a classe