1984

1984 - Mil Novecentos e Oitenta e Quatro

O romance do escritor e jornalista, Eric Arthur Blair, famoso sob o pseudônimo de George Orwell, nascido numa colônia inglesa na cidade de Motirahi, em Bengala, região da Índia, expõe claramente as condições de desigualdades sociais vividas pela classe proletária em todo a Europa após a Segunda Guerra Mundial.
A incitação de guerras com o objetivo de manter a estrutura social vigente, a alienação dos indivíduos por meio de um sistema de governo absolutista e o total controle sobre os pensamentos e atitudes de seus cidadãos, nos levam a traçar paralelos de analogia entre a obra de ficção de Orwell e a realidade de muitas nações atuais (inclusive a nossa até 1989, quando adquirimos o direito à democracia), tão próxima entre si em muitos aspectos.
Um país sem memória, sem um histórico do passado, que não lembra de seus feitos, de seus heróis e de suas conquistas, certamente está condenado a ser um país sem desenvolvimento social. Conseqüentemente seu povo está fadado a viver subjugado sob condições subumanas. Todos temos o direito de só cumprir as ordens do “Grande Irmão”, diria uma das vozes do duplo pensamento na cabeça de Winston.
O livro aborda brilhantemente que a questão da formação social dos indivíduos é toda fundamentada na educação a qual se tem acesso. A criança tem como parâmetro de princípios tão somente as informações e “verdades” que recebeu de seus pais e de seus mestres ao longo de sua vida. Visto sob essa ótica, ela será, e acreditará piamente ser, o produto da gama sócio-cultural com a qual teve contato e pela qual foi orientada, ponderando suas atitudes e julgamentos sempre baseados nessas “verdades absolutas” que permeiam sua conduta de comportamento no âmbito social.
O controle sobre a liberdade de expressão e a vigilância permanente da vida privada narrado em 1984, ainda existe subliminarmente em nossa sociedade. Sua existência é notada, aceita e regulamentada por um conjunto de leis e princípios