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863 palavras
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Cotidiano EncarceradoO Tempo Como Pena e o Trabalho Como ‘Prêmio’
O autor nos mostrou uma estrutura social completa, formada por pessoas excluídas de uma sociedade comum. Mostra que para viver em uma sociedade precisa ter organização, ação, interação, cultura e símbolos. Relaciona o tempo como pena, e o trabalho como bonificação, como a redução penal.
Os presos se organizam de forma hierarquizada, constitui leis e estruturas próprias de poder: regras e padrões de conduta. Não são denunciados, e na maioria das vezes também permanecem impunes as suas atitudes um com o outro, porque dentro da prisão impera a “lei do mais forte” e a “lei do silêncio”.
Os presos têm um simbolismo próprio, como linguagem, valores, normas. É proporcionado a eles o acesso a religião como algumas palestras e visitas de religiosos. A oportunidade de capacitação profissional, muitas vezes para facilitar a ressocialização do preso.
O livro-base é uma versão de dissertação de mestrado apresentada em agosto de 2009 no programa de pós-graduação em sociologia da Universidade Federal do Ceará.
O autor recorreu às experiências como estagiário de projetos sociais e também na condição de professor do ensino médio em sobral, Ceará; junto ao setor prisional.
Começou a investigar as possibilidades de reintegração social de um presidiário que ainda dentro da penitenciaria, obtinha a redução de pena através do seu trabalho lá dentro.
Os serviços prestados podiam ser na cozinha, padaria, lavanderia, limpeza, barbearia, e era remunerada pela CONAP, ou seja, companhia nacional de administração prisional, empresa privada em parceria com o Estado.
A Penitenciária industrial regional do Cariru, no Ceará, apostou, em 2001, no trabalho como forma de tratamento nas instituições penais industriais terceirizadas. Tornou-se, a partir daí, uma referência. Foi adotada como política de superação para violência, tráfico de Drogas, corrupção, superlotação, Rebeliões. A idéia era ressocializar o indivíduo,