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1150 palavras 5 páginas
Estudo de caso: Movimento contra a globalização

Na passagem para o Terceiro Milênio, a globalização passou a significar os benefícios e os males do progresso. De um lado, a liberdade de ir e vir em um mundo sem fronteiras, um mundo unificado e sem guerras, o comércio sem restrições e o acesso universal a bens e serviços. De outro, o receio da perda das identidades nacionais, da transformação do mundo em uma gigantesca fábrica, uma fábrica dominada por umas poucas corporações, principalmente americana. Um mundo de comida padronizada, diversão padronizada e produtos padronizados. Cultura padronizada. Não havia lugar para onde se pudesse fugir. A globalização estava em toda parte. Aonde quer que você fosse sua vida seria influenciada pela Bolsa de Valores de New York, pela Microsoft ou pelo McDonald’s.
Algumas pessoas e grupos preferiram resistir. Nas reuniões das organizações que simbolizavam a globalização, houve movimentos de protesto. O Grupo dos 7, que reunia os países mais poderosos do mundo, o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional e o Fórum Econômico Mundial passaram a conviver com pessoas gritando slogans ao redor de seus locais de encontro, sempre convenientemente protegidas por rigorosas e muitas vezes violentas ações da polícia.
Mas surgiram outros movimentos de resistência, menos violentos e de prazo mais longo.

Resistência na Itália

Em 1986, o jornalista italiano Carlos Petrini fundou o movimento da Comida Lenta, protestando contra a chegada a Roma da primeira loja do McDonald’s e do que ele visionariamente identificou como o surgimento de uma cultura global da fast-food (comida rápida). Em 1999, a Comida Lenta deu origem às Cidades Lentas, um consórcio de quatro cidades: Orvieto, Positano, Bra e Greve. No início de 2002, havia 30 cidades no consórcio, enquanto 40 outras haviam solicitado ingresso. O movimento das Cidades Lentas propunha um projeto de vida para centros urbanos com menos de 50.000 pessoas. Era um movimento que

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