17% Dos leitos de utis no brasil são ocupados por pacientes com sepse grave.
Os palestrantes abordaram temas relevantes sobre o tratamento do paciente crítico. Um das mesas do evento foi dedicada à “Sepse e Doenças Infecciosas”. Para os profissionais que atuam nas unidades de terapia intensiva, as infecções preocupam muito, pois depois do trauma, são responsáveis por altos índices de mortalidade. Os estudos revelam que 70% dos pacientes internados nas unidades de terapia intensiva recebem tratamento para algum tipo de infecção. Nesse ambiente, o risco de infecção é de 5 a10 vezes maior do em outros ambientes hospitalares e podem chega a representar 20% do total de casos registrados de infecção em um hospital.
“Muitos são os fatores que contribuem para o desenvolvimento de infecções, temos que pensar que, hoje, o perfil do paciente que chega à UTI é muito diferente de 20 anos atrás. Devido à evolução da medicina que promoveu a sobrevida de pacientes com doenças graves, esses, quando são tratados nas UTIs, são mais velhos e, por terem passado por tratamentos radicais, são mais suscetíveis a um processo infeccioso. Por isso, é muito importante a atenção e a prevenção nesses pacientes”, disse o Dr. José Mario Teles, presidente da AMIB.
Mas o médico intensivista alerta que qualquer paciente que está em uma UTI pode sofrer um processo infeccioso. Portanto, alguns pontos devem ser observados pelos profissionais que cuidam do doente crítico. “A assistência em unidade de terapia intensiva é constantemente desafiada por infecções relacionada aos procedimentos invasivos. Precisamos analisar caso a caso e determinar se realmente tais procedimentos são necessários no paciente”, explica.
Outro ponto levantado pelo médico intensivista é o uso indiscriminado e, às vezes, desnecessário de antibióticos e antimicrobianos.