1492 a Conquista Do Paraíso

1492 a Conquista Do Paraíso Tudo se inicia a partir dos entraves que Colombo enfrentou para obter o devido apoio e assim realizar sua sonhada viagem ao novo continente. Sofrendo restrições por parte dos religiosos, enfrentando o desdém dos políticos e a indiferença dos comerciantes por ser um mero homem do povo, acolhido por monges. O navegador conseguiu realizar a viagem com o apoio da rainha Isabel da Espanha e com a promessa de se tornar vise rei das terras que viesse a descobrir. Podemos observar os desgastes da viagem além-mar, os motins da tripulação e a incerteza em torno da expedição, além dos reveses de uma viagem árdua, ele enganou seus companheiros em relação a distancia pra que os mesmos aceitassem acompanhá-lo. Chegando a ilha ele a reivindicou em nome do reino e a nomeou San Salvador. Ao começar a desbravar o local, a tripulação se depara com os nativos, e de imediato percebe-se a grande diferença entre as culturas, por um lado os nativos os trataram com uma curiosa empolgação por suas diferenças, tratando-os como uma espécie de divindade, (pois para eles Deus é a natureza em sua síntese) e acolhendo-os em sua cultura, por outro lado Colombo os compara a uma sociedade ainda não evoluída e os via até com um certo relativismo, ou melhor com a idéia de um falso evolucionismo, “mais precisamente, trata-se de uma tentativa de suprimir a diversidade das culturas fingindo reconhecê-la plenamente. Pois ao tratar os diferentes estados em que se encontram as sociedades humanas, tanto antigas quanto longínquas, como estágios ou etapas de um desenvolvimento único que, partindo do mesmo ponto, deve fazê-los convergir para a mesma meta” (Raça e historia p-336), assim pediu que os respeitassem não só no sentido físico mais também no sentido religioso, declarando punições aos que não o fizessem. Tal pensamento relativista se misturava com certos aspectos etnocêntricos, pois Colombo logo trata de ensinar sua língua ao personagem Utapan ao invés de