1263
Para Platão o mundo no qual vivemos é considerado sensível, ou seja, um mundo percebido pelos sentidos não pela razão ou pela verdade. Este mundo não é perfeito, ou real, é imperfeito e mutável, formado pelo conhecimento sensível das coisas ou objetos.
Portanto existe outro mundo ou plano, no qual as coisas e a realidade são verdadeiras e reais, este mundo é considerado perfeito, as formas são a perfeita materialização dos sentidos. Este mundo não admite imperfeições ou adequações. As coisas são reais, por isto Platão classifica como um mundo onde as idéias das coisas são perfeitas e onde são criadas a verdade e a beleza das formas.
Na alegoria da caverna, Platão busca explicar como estes mundos se interagem e como a realidade das formas é revelada. O mundo no qual vivemos, hoje, é revelado como se estivéssemos numa caverna, onde apenas percebemos o reflexo das formas que são transmitidas para dentro da caverna, enxergamos através dos sentidos a sombra ou reflexo das formas perfeitas que estão no mundo real, que está fora da caverna. Durante a vida ficamos aprisionados dentro desta caverna pelos nossos sentidos acreditando que estamos vendo as formas como realmente são. Então neste mundo apenas vivemos e percebemos aquilo que nossos sentidos podem nos mostrar, não enxergamos a vida e as formas reais, elas estão apenas nas idéias, ou seja, no ideal da forma perfeita.
Considero de fundamental importância à forma como Platão descreve estes mundos, nesta alegoria, e qual o papel do filosofo neste contexto. Através do conhecimento e reflexão da verdade o filósofo é aquele que se desprendeu das correntes que nos mantêm presos na caverna e consegue ver e enxergar o mundo intangível, o mundo onde as formas são perfeitas, o mundo das idéias, onde a verdade da imutabilidade das coisas predomina. No entanto, após a percepção da verdade e perfeição das formas, o filósofo não consegue mais viver nas sombras e