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SÃO PAULO - Na primeira propaganda eleitoral gravada após o vazamento de informações da delação premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, os presidenciáveis Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB) usaram suas falas no rádio nesta terça-feira (9) para atacar a presidente Dilma Rousseff (PT).
Enquanto Aécio comparou o caso ao mensalão, Marina afirmou que não usará recursos do pré-sal "para corrupção". Neste sábado (6), a revista "Veja" informou , sem dar detalhes nem valores, que Costa citou dezenas de políticos que estariam envolvidos em escândalo de corrupção da empresa, inclusive o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, os líderes do Congresso, deputados e senadores da base do governo.
Embora o ex-governador de Pernambuco e presidenciável Eduardo Campos (PSB), morto em um acidente aéreo em Santos (SP), também tenha sido citado, os dois candidatos não fazem menção ao político.
A propaganda tucana explorou a crítica de que o caso se equipara ao mensalão, já abordada em vídeos anteriores divulgados na internet. Em sua fala, Aécio disse que sente "indignação" pelo caso e que denunciou, no ano passado, "irresponsabilidades" na condução da CPI da Petrobras no Senado.
Ele diz que o depoimento de Costa revela que há uma "organização criminosa atuando no seio da maior empresa brasileira". "Não dá para imaginar que isso seja razoável", completou.
A peça de Marina deixou os ataques mais diretos ao vice-candidato, o deputado Beto Albuquerque (PSB-RS). A pessebista é alvo de críticas dos programas do PT desde o sábado (6), por não priorizar o pré-sal no texto de seu programa de governo. A campanha de Dilma também diz que a possibilidade de uma revisão da política de conteúdo nacional, prevista no documento da adversária, "significa por em risco os milhares de empregos que o pré-sal vai gerar".
No rádio, Beto disse que "não tem cabimento a propaganda do PT"