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A sexualidade é uma das energias estruturantes que perpassa toda realidade da pessoa humana. Caracteriza o homem e a mulher não somente no plano físico, como também no psicológico, racional e espiritual, marcando toda a sua expressão. É uma dimensão que unifica e intrega o ser humano. É uma energia que permeia todo ser humano, direcionando-o para fora de si mesmo, para estabelecer laços com os outros e com o mundo.
A religião em relação à sexualidade tem sido um instrumento ideológico e político-social, de forma que tem orientado os indivíduos para uma moral, na maioria das vezes, negando sua sexualidade. Ela tem para os seres humanos uma importância significativa. Seja qual for a crença, não podemos ignorar que ela tem exercido forte influência sobre o comportamento e consequentemente, sobre a sexualidade humana. É de grande utilidade ter noções sobre a sexualidade na visão da religião numa perspectiva histórica, de forma a facilitar o conhecimento em relação a seus valores, problemas, medos, conflitos, entre outros.
De formas diferentes, mas sempre se apresentando como um foco de intensa elaboração, a sexualidade desperta interesse às religiões e é um ponto importante de preocupações éticas discutidas pelos teólogos. Além disso, a religião tem sido no decorrer da história, um fator determinante sobre a sexualidade humana, ora impondo regras rígidas, em outros momentos procurando orientar o ser humano nessa dimensão tão importante da vida.
A partir do cristianismo a sexualidade passa a ser vista como pecado e apenas admitida no âmbito matrimonial e exclusivamente para a procriação. A copulação deveria servir só para dar a luz. Desta forma, a monogamia e a virgindade para as mulheres passam a ser valorizadas como símbolos de virtude. Se a contracepção era considerada um pecado grave, a homossexualidade era um crime muito maior e, além de um perigo para a Igreja e um repúdio à moralidade cristã.
O prazer carnal deveria ser evitado e toda